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Andávamos a desejo. O sol era já vontade extrema a governar os ânimos cada vez mais sombrios. E, depois de uma semana grande demais (que digo eu? IMENSA!) chegou enfim o fim-de-semana.
Não é que o trabalho tenha acabado. Não, não acabou. Há relatórios para escrever e planificações de atividades para fazer e pareceres para emitir e, do outro lado da secretária, há testes amontoados por corrigir. E roupa para passar, muita roupa para passar.
Porém, a pausa impunha-se sob risco de enlouquecimento.
Sugeriram os miúdos: picnic. Aproveita-se a ideia. Picnic no outro lado da montanha!
A Serra de Montejunto estava mesmo à nossa espera. Mágica!
Houve picnic.
Houve fotografias.
E, claro, houve crochet. Crochet com cheirinho de bebé J.
Tenho sempre muitos trabalhos entre mãos. Parece que é uma carateríctica dos amantes do croché. perdem-se com as linhas ...
Confesso, porém, que o croché irlandês me tem ocupado algumas das minhas horas. É que não é coisa fácil de se perceber só por olhar. Tive de treinar, treinar, treinar. Li alguns livros antigos e alguns sites especializados e vi vários vídeos (em russo ) para tentar entender a lógica do croché irlandês. Depois, peguei na agulha e foi fazer, e desfazer ao ritmo de uma dança meio louca.
No fim, o resultado foi mais ou menos este:
Já fiz um trabalhinho com as rendas que ligam os motivos e ficou giríssimo, mas não posso publicar. É surpresa!
O objetivo final é este:
Já agora, não páro de pensar no livro As cinzas de Ângela, de Frank Mccourt , tão a propósito da Irlanda. Recomendo, a acompanhar o crochet...
Não sou de amores fáceis. Levo uma eternidade a gostar de uma pessoa, e as pessoas, bem, essas quase nunca chegam a gostar de mim, seja porque o sal não salga ou porque a terra não se deixa salgar (já sugeria o Padre António Vieira, que sabia muito bem o que dizia), não interessa! Não sou de amores fáceis!
Já as paixões tomam-me os dias.
Apoixono-me com a força que só as paixões sabem ter, e vivo sempre, sempre, as paixões no sentido etimológico da palavra: sofro...
Sofro pelos meus livros, pelo meu crochet, pelas minhas danças, por este país lindo que sucumbe aos poucos, pelos meus catos.
Coisas, só, pois que as pessoas não cabem aqui.
Assim, dedico às paixões o tempo que sobra dos amores. Ontem, com o sol à espreita, foi dia de catos, ou melhor, suculentas, as minhas pessoas preferidas .
Levada pelos incentivos da maninha lá resolvi tirar-lhes umas quantas fotografias... outra paixão!
Eis algumas. Há mais na página do facebook.
Ah! O que é que isto tem a ver com crochet? Pois... tudo! É o outro lado do crochet!