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Pode até parecer que abandonei o crochet. Não. Faço algumas pausas autoimpostas, quando o tamanho do monte da roupa por passar, ou as resmas de papéis para ler são escandalosamente indisfarçáveis, mas regresso. Acabo sempre por voltar, a isto ou àquilo; não resisto a um ponto novo; sou atraída por um crochet que ultrapassa os atoalhados e os picots nos panos de cozinha e que vai muito além das toalhas de mesa que se acumulavam na arca de madeira das avós para enxovais que, por vezes, muitas vezes, não chegaram a ser.
Fascinam-me crochets de estilistas com assinatura; fascinam-me as reinvenções do crochet.
Por outro lado, falta-me o tempo para escrever e manter o blog atualizado. Ou faço crochet. Ou escrevo. Ou ando de mota. Três hobbies inconciliáveis. Por isso, hoje, enquanto vigio a varicela do miúdo, e arrumo as lãs, e procuro linhas que prometem a primavera, passo pelo computador, escrevo estas palavras, mostro a minha aventura no mundo do crochet em forma de roupa para vestir, que a miúda jurava "nem penses que eu vou vestir coisas em croché", e, pouco logo depois, "é bué de gira, mãe, tipo, muito o meu estilo", e fotografo o dia dos namorados que é quando eu quiser, e faço projetos para amanhã e depois, entre o estudo e o trabalho, e os miúdos, e as idas ao IPO com a minha mãe, e o homem da casa, e os amigos, e...
A sweater em ponto pipoca com uns punhos em canelado , linda, linda, na modelo ainda mais linda! O rebordo e as ombreiras pretas, não é estilo, ainda que eu possa até dizer que sim, mas um erro de principiante: a aproximação do final do inverno trouxe aquilo que todos os amantes do croché temem - acabou-se a lã . Por isso, tive de improvisar!!
Para amanhã, promessas de dias mais quentes, outras linhas, outras ideias, outro lado do crochet...