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Conhecem a história da formiga e da cigarra? Sou só eu que imagino quão maravilhosa passa a ser a vida da cigarra, inverno corrido, quando a formiga a manda dançar?
Sim, há qualquer coisa de extraordinário na fala da formiga "Cantaste durante o verão? Então, agora, dança!" Ora, lição de moral à parte, pois toda a gente sabe que a cigarra sempre arranja quem lhe pague um lanchinho para a ouvir cantar, é notório o tom invejoso da formiga que, tristemente, passou o verão a trabalhar.
E a cigarra, artista e criativa, deve ter visto ali uma oportunidade extraordinária para se lançar noutro ramo do espetáculo.
Assim decorrem as nossas vidas. Transformamos obstáculos em oportunidades.
Além disso, por cá, adoramos dançar!
Apesar do fim-de-semana prometer chuva, vento e neve, saímos para visitar os avós, e sobreviver ao frio que a casa da aldeia nos reserva! Os miúdos adoram ir lá acima! Ele corre pelos quintais como se não houvesse amanhã e trepa às árvores (parece que tem uma de estimação, à qual sobe sempre, mesmo que chova ou que o sol escalde); ela aproveita as roupas usadas e velhas, atiradas para um dos cantos da casa e veste-se de mil gentes (agora sou médica, agora sou esteticista e maquilho as bonecas, agora sou palhaço...).
Eu também gosto daquela casa. É uma casa cheia de histórias do tempo.
Depois, veio o vento.
Não há internet, felizmente!, e o telefone só funciona se viermos para o meio da estrada... Sobra um jogo de dominó para os homens, um chá de um limão que o garoto me atirou pela janela, conversa jogada fora com a minha mãe... e o crochet.
Quando me pediram o Sackboy (é assim que o bichinho se chama) tive algum receio. Não conhecia o boneco, não conhecia o futuro dono, faltava-me o outro lado do meu crochet. Então fui ver um filme (a sack musician) e percebi que afinal talvez conseguisse dar um bocadinho de alma ao boneco. Vejam como ele se diverte entre as minhas coisas:
Não sei se ele é assim, se está bem, se está mal, mas acho-lhe piada. O que acham?