Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Não sou de cá. Nasci longe. Adotei esta terra, porque me apaixonei por ela. Ainda hoje me apaixono.
Esta terra inspira-me...
Havia outono em cada esquina do parque
Esteve um dia tããão bom de parque!! Os miúdos brincaram, esconderam-se, correram...
... e tiraram fotos à mamã!
Perco-me de amores. Há ideias, mil ideias a nascer.
Há cores. De festa. De menino, a querer brincar, jogar, correr. De mimos em bolos de aniversário.
Há mais cores. De menina princesa, grande. De colo de mãe a escorrer pelo tempo.
Há outras cores. De menina, pequena, linda. Da sua (fada) madrinha.
Apetece-vos?
(hummm, e ali no cantinho da mesa o cestinho que uma amiga especial fez para mim. Lindo, não é?)
Hum... o fim de semana foi bom, tão bom... Cheio destas cores alegres, a anunciar festas infantis, a anunciar dias em família. Entre mãos, trago esta mesa de trabalho... para decorar espaços e momentos!
bandeirolas para aniversários. Acho que vão ficar TÃO giras. Depois mostro, depois mostro!
E uma quase-surpresa... a pedido !
Ah! E aquilo ali ao lado, cheio de linhas coloridas em ponto "granny" há de ser uma almofada... era para seu outra coisa, mas isto está sempre a acontecer por cá, as coisas têm vontade própria e conquistam o seu lugar no mundo entre um ponto e outro, entre uma ida á piscina e um serão de "sherloch holmes". Chamam a este ponto (em inglês, entenda-se) o granny stitch crochet, mas eu, por mim, gosto do nome português "ponto de croché da avó"! Um doce!
Gosto de experimentar. Talvez não consiga fazer muitas coisas, porque gosto de experimentar: cores, pontos, esquemas, ideias... Às vezes resulta e continuo, às vezes fico pela experiência. Vão-se juntando os pedaços de cores, amontoam-se dentro da mala de coisas a acabar à espera de uma conversa, de uma inspiração.
Uma conversa boa levou-me a esta inspiração boa e, agora, talvez consiga fazer qualquer coisa com os meus pedaços de experiências.
Uma brincadeira quase, quase, a fazer um ano (é amanhã!) e, vejam só, tanta coisa linda que criámos. Com um aninho de idade parece que estamos a aprender a andar. Hesitantes, com algumas quedas (certamente), mas a caminhar. Vamos devagar, mas sabemos bem o que queremos, sabemos bem o que somos. Somos artesãos com um amor especial por Portugal, com uma paixão pelas palavras e por um outro lado do crochet. É desse espírito que nasce a vontade de voar mais alto. É desse espírito que nasce a nossa parceria com o projeto Amor-Lisboa.
Se temos medo de cair? Temos! mas muita força para nos levantarmos...
Algumas peças que vamos levar para o Amor-Lisboa...
Gostam??
E destas? Bem diferentes...
Há mais, muitas mais, mas deixo-vos de água na boca...
A propósito das cores que nos transformam os dias cinzentos e da vontade que tenho de usar as cores para contrariar o meu lado sombrio, quando as sombras parecem não querer abandonar-me, descobri este poema simples (não são sempre os melhores?) de Stephen Beal, um poeta e artista das linhas.
Qualquer dia irei ver o lugar onde são feitas as cores,
O lugar da minha alegria.
Escadas que sobem, enormes escadarias de mármore,
E uma sala,
Grande e abobadada e inspiradora,
E haverá música, cem cordas sob o bastão do Carmen Dragon,
E lá estarão dançarinos, cem louras vestidas por Jean Louis,
Sussurrando entre as colunas em chiffon de tons pastel.
É este o lugar: enormes caldeirões a borbulhar de cor
Nos quais o inocente algodão é transformado em tons garridos,
Em escarlate e fúcsia, em púrpura e dourado,
Em verdes que ferem os olhos e azuis
que a levarão até onde pensa que o mundo nunca acaba.
Oh, é este o lugar, onde todos os seus sonhos se concretizam,
Onde nada é como era e tudo desenvolve o potencial
daquilo que poderá ser.
Aqui está o material da mudança, o verdadeiro,
que pode levar para casa e segurá-lo nas mãos.
A tinta não serve, nenhuma tinta alguma vez se vai aproximar,
E poderá bordar um coração em vermelho rubi ao seu amado, e dizer,
“Esta é a cor- e a textura – do amor que sinto por ti.”
Sim. Este é o lugar onde as cores são feitas.
Este é o lugar da alegria.
E o original:
Someday I will see the place where the colors are made,
The place of my joy.
There will be stairs leading up, wide marble stairs,
and there will be a room,
vast and vaulted and inspiring,
and there will be music,
one hundred strings under the baton of Carmen Dragon,
and there will be dancers,
one hundred blondes gowned by Jean Louis,
whooshing between the pillars in pastel chiffon.
The place is it: huge bubbling cauldrons of color in which innocent cotton is transformed to gaudy hues,
to scarlet and fuchsia,
to purple and gold,
to greens that bite your eyes,
and blues that lead you on until you think the world will never end.
Oh, this is it, the place where all your dreams come true,
where nothing is as it was and everything develops the potential of what it can be.
Here is the stuff of change, the very stuff, and you can take it home and hold it in your hands.
No paint will do, no paint will ever come close, when you can stitch your lover a heart of ruby red, and say, “This is the color – and the texture – of my love for you.”
Yes.
This is the place where the colors are made.
This is the place of joy.