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Finalmente, um tempo para escrever sobre as linhas com que vou criando a renda dos dias.
Assim, de regresso às horas intermináveis de tempos de espera entre o futebol, a natação, o ballet, a ginástica e os jogos, e os espetáculos, e a catequese... é bom ter uma agulha e um novelo sempre por perto. Com uma linha e uma agulha faz-se uma gola entre as braçadas da miúda na piscina.
Confesso que este amarelo já me tinha feito o convite há algum tempo, mas com a "promessa" de acabar os 1001 trabalhos que aguardam um final feliz, fomo-nos adiando. No entanto, ontem a sedução bateu mais forte e nasceu esta golinha (agora também à espera de ser terminada, uma vez que a quero com o dobro do tamanho e cá por casa só havia mesmo um novelo).
Gosto de golas. E gosto muito deste ponto. Fiz um esquema bem simples para que possam entender como se faz:
o número de correntinhas que desejarem em múltiplos de 5 (eu fiz 80), de seguida 4 correntinhas e dois pontos altos na terceira a contar da agulha, saltam-se três correntes e faz-se um ponto baixíssimo na quarta corrente, mais 4 correntes, 2 pontos altos na 3ª a contar da agulha, saltam-se três correntes e um baixíssimo na 4ª, e é sempre assim... Trabalha-se em círculo, portanto, ao fim da 1ª fila, faz-se o baixíssimo entre as correntes e o 1º ponto alto do grupo de 2, como na imagem (completamente rudimentar, eu sei, seu sei )
Qualquer dúvida, perguntem!!
...aqui, deste lado do crochet!
Este é o primeiro dos meus trabalhos de férias, a adiar os fins de tarde de vento no oeste.
As férias são o lugar do tempo. O faz, desfaz e refaz marcou os meus dias de croché. Apeteceu-me terminar coisas, não esperar mais por novos fôlegos de paixão e, então, desmanchei horas e horas de espera na piscina, horas e horas de televisão insonsa e fiz tudo, outra vez. Este ficou lindo, não?
E fácil, fácil. Um esquema de losangos e uns pendentes que são umas torcidas de tamanho irregular.
Não deixa de me surpreender a subtileza desta paixão mais nova a camuflar o meu "dark side", que regressou não sei quando e se tem vindo a instalar, todo dado a pretensões de criar raízes.
Não deixa de me surpreender a subtileza com que, numa noite, faço nascer o fogo, para quebrar o meu negro.
E sim, o menos é, quase sempre, mais. Esta delícia é toda em ponto alto, ou vareta, como já tenho ouvido dizer, o ponto mais básico do crochet a seguir à corrente, com alguns aumentos proporcionais nas pontas e no centro. Termina com uma carreira de ponto caranguejo, que é o ponto baixo feito da esquerda para a direita, e que tem um efeito bem giro!