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Folar com sabor de crochet

por Dora Ni, em 21.04.14

A Páscoa foi o corrre-corre do costume, de casa em casa, a ver madrinhas, padrinhos, e avós, a beijar a cruz, que anda pelas ruas das aldeias, a abençoar casas e a garantir as limpezas da primavera. Como todos os anos, vamos à casa da avó Alice ver o "desfile" da Páscoa como diz a miúda, que é mais de modas do que de missas.

As sensações repetem-se e juro, como todos os anos, que não conseguirei jamais comer nem mais uma amêndoa, ou provar sequer uma dentada do folar da tia, da vizinha ou da amiga. E, como todos os anos, consigo sempre encontrar espaço para mais uma migalhinha, porque amanhã juro que começo a fazer dieta.

 

Os miúdos espantam-se com o homem trajado a rigor, de opa vermelha, que desce a rua de sineta na mão a anunciar que as cruz já vem perto. Espalha-se o alecrim em frente à porta, a avó corre à procura de um envelope, grita-se para entrarmos, para entrarmos. Os miúdos espantam-se e beijam a cruz.

 

 

 

 

Querem experimentar o pequeno sino que o homem da terra trazia. Riem-se, nas roupas novas, vaidosos nas roupas novas, felizes pelos doces, felizes pelo mundo de chocolate que ninguém parece importar-se que comam.

 

 

 

 Quanto a mim, perdi-me nas linhas do crochet, nas que trago comigo e nas que antecipo para o bebé Jaime.

Enquanto esperava a cruz, enquanto esperava outra vez, enquanto esperava outra vez... enquanto via o Benfica a ser campeão {#emotions_dlg.benfica}.

Olhem só como foi a minha Páscoa: um folar gigante da minha madrinha; uns calções a nascer; uns animaizinhos em lã ali no cantinho, para uma mimos numa mantinha que a mana anda a fazer; e as linhas Natura que finalmente consegui arranjar.

 

 

 

Estas linhas têm umas cores LINDAS! Acho que nos vamos dar muito bem.

 

Ah! E também houve espaço para planear as próximas baby converse. Vermelhas, claro!

 

 

 

 

Para além disso, fui madrinha babada, babada... só mimos, só mimos {#emotions_dlg.heart}!

   

 

 

Brincadeiras, colo e passeios, para esquecer hospitais. Uma pessoa pode ser feliz assim...

 

 

 

Post scriptum ,em modo desculpem lá:

Há séculos que não passava pelo outro lado.

Os dias têm-se feito de sombras e sei bem que não posso escrever quando há este lado negro em mim. Obrigo-me a não escrever.

 Em compensação, e porque os meus dedos me pedem palavras, vou escrevendo noutras linhas, e não, não me obrigo a não fazer crochet!

 

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Pôr as linhas na linha

por Dora Ni, em 28.03.13

Hoje tirei a tarde para o outro lado do crochet. Estou a arrumar o meu "canto das linhas". 

 

Tenho mil trabalhos para terminar, mas, agora, já sei que caminho tomar. Organizei todas as minhas ideias em caixas e prometo que só estou à espera do nosso logo para publicar fotografias... Que dizem ao nosso novo visual? Gostam?? Ou nem por isso??

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o outro lado das linhas da avó

por Dora Ni, em 14.03.13

Era uma vez um montinho de linhas da avó abandonadas num canto do sótão... transformadas numa oferta para voltarem a ser alguma coisa. Estas linhas da avó tinham um segredo. Todas têm, afinal, mas estas tinham ainda mais. Querem ver?

 

 

         

 

AH! ADORO! Mas acho que, nestes casos, a herança é devida a quem fez a oferta: a receita de um "naperom de cozinha"{#emotions_dlg.sarcastic}. Vou fazer, fica a promessa!

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Entre mãos 2

por Dora Ni, em 18.02.13

A minha vida não é só a minha vida. A minha vida é a vida dos outros quando se cruzam com a minha, é a vida dos outros na minha. Às vezes, muitas vezes, a minha vida parece toda ela feita da vida dos outros. Várias vidas. Como os fios dos meus crochets, que se vão desfiando, cruzando, entralaçando... Dias há em que se separam e, aí, posso respirar um pouco, parar e começar outro trabalho que se ajuste às vidas que vão fazendo a minha vida.

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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As linhas da avó

por Dora Ni, em 29.01.13

 Quem diria que de fios atirados para um canto do baú, legado da avó, se faria um dia uma prenda, uma oferta, uma dádiva?

 

e dos fios, fica a curiosidade, a espera, a esperança, a incerteza... 

e dos fios, faz-se o esboço, as tentativas.

 

 

 

 

 

 

 

 

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receita para os dias cinzentos

por Dora Ni, em 14.01.13

Dirigir-se à farmácia mais próxima;

 

Escolher os medicamentos adequados;

 

 

Tomar duas doses, com regularidade.

  

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Amores. Manhãs de sol, tardes de sol, noites de luar. Cheiro da chuva na terra. Cheiro do vento no mar. Livros. Praia. A vista da minha janela. Lareiras. Conversas.

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